Mais de três mil pessoas assinaram petição que foi enviada ao Governo e ao Parlamento
Da última Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em situação de Sem-Abrigo, que esteve em vigor entre 2009 e 2015, Henrique Joaquim explica que falta o Governo concluir a sua avaliação, mesmo tendo uma resolução da Assembleia da República, “aprovada por unanimidade”.
Neste contexto, adianta que a CVP já participou e dinamizou um processo de avaliação com todos os parceiros da ser possível que “até 2020 não haja ninguém na rua por falta de condições” uma vez que Portugal tem “muitos bons exemplos” que mediante um objetivo comum consegue-se “rede Lisboa para “ajudar nesse processo”.
A instituição católica acredita congregar mais os esforços e ser eficazes”.
“Fazendo trabalho reflexivo do que foi feito mas vendo o potencial do ponto de vista institucional e da sociedade civil em geral acreditamos que é possível esse objetivo, precisamos nos envolver todos”, desenvolve.
A CVP enviou “em consciência e de forma responsável” a petição ‘Pela Dignidade Humana das Pessoas em situação de sem-abrigo’ para o Governo e Assembleia da República, na segunda-feira.
“Três mil pessoas concordarem com o desafio que lançamos e a necessidade que identificamos é uma consistência muito grande. O balanço é positivo pelo número de pessoas, que significa que estão atentas, quer pela força que dão”, analisou Henrique Joaquim.
O presidente da instituição de solidariedade do Patriarcado de Lisboa assinala que as situações das pessoas que estão sem-abrigo não pode ser recordadas apenas no Natal, “porque é o tempo da solidariedade, ou janeiro e fevereiro porque está muito frio”.
A petição pública foi lançada no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a 17 de outubro, e simbolicamente enviada aos responsáveis políticos três meses depois quando por “coincidência ou talvez não” agilizam-se planos de contingência de proteção contra o frio.
“Isso só não chega, é atuar na crise, é preciso atuar para lá crise, senão o frio vai embora e parece que as pessoas sem-abrigo tornam-se outra vez transparentes ou invisíveis”, alerta o presidente da Comunidade Vida e Paz, Henrique Joaquim.