Caríssimas(os), voluntárias(os), colaboradoras(es), utentes, ex-utentes e benfeitores,
Vivenciamos mais um Natal, este com características muito próprias, muito desafiantes, em que o chão, que muitos pensavam seguro, tem vindo a fugir, substituído pela insegurança, a angústia e o medo que seguramente nos fizeram reavaliar o que é importante e dá sentido à vida. Cabe-nos a nós levarmos Aquele que enche de Luz, Esperança e Sentido as nossas vidas.
O Natal, diz-nos o Papa Francisco, “lembra-nos que Deus continua a amar todos os homens, mesmo o pior”, por isso o Natal é sinónimo de perdão, de harmonia e de paz, centrado num Deus, que se fez menino, pobre de bens e rico em misericórdia.
Este Amor de Deus — este Natal, foi intensamente vivido ao longo deste ano, em especial nos meses de março e abril, quando respondemos ao grito de ajuda das pessoas que confiam em nós, para que não os esquecêssemos. Foi um tempo em que perdurou a doação e o cuidado com o outro, de todos os envolvidos, mas em especial dos nossos voluntários e os nossos benfeitores, que foram excecionais, uns na resposta ao grito de ajuda, os outros contribuindo para a criação das condições necessárias a ajudarmos as pessoas. Porque embora todas naveguemos neste mar atribulado da pandemia uns navegam em resistentes barcos e outros em frágeis embarcações, que por isso têm que ser mais acompanhados, mais acarinhados porque “ninguém pode salvar-se sozinho”.
Que este Natal nos faça ter esta consciência da corresponsabilidade de uns pelos outros e de valorizarmos as coisas simples da vida que tínhamos por adquiridas, como seja um simples e forte abraço.
Votos de um abençoado tempo de Natal do Senhor com as vossas Comunidades e as vossas famílias e de um ano de 2021 repleto de bênçãos… e de abraços.
Bem hajam.