Para muitos, a altura de Natal e Ano novo é sinónimo de união, festa e partilha. Uma realidade bem diferente da de quem vive em solidão.

Se o Natal é tempo de reunião e convívio em família, o ano novo é altura para celebrar com as pessoas mais chegadas. Para quem vive em solidão, é uma altura que acaba por amplificar este estado de alma, fazendo disparar uma série de fragilidades.

De acordo com Henrique Joaquim, director-geral da Comunidade Vida e Paz – cuja acção se centra no apoio a pessoas em situação de sem-abrigo – umas das questões mais importantes no processo de reinserção destas pessoas é garantir que tenham “um conjunto de relações” que sirvam de suporte. Podem ser relações familiares, mas não necessariamente. Até porque, continua, as fontes de autonomia não estão apenas ligadas às questões materiais – de habitação e rendimento, por exemplo –, mas também ao “lado espiritual”.

Na sua maioria, as pessoas em situação de sem-abrigo vivem num estado de solidão, garante o director-geral, lembrando porém que existem situações em que se formam grupos de entreajuda. Chega a haver casos em que as pessoas falam de si na terceira pessoa, exemplifica. “Nenhum de nós consegue viver sem relações”, remata.

Catarina Lamelas Moura

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